terça-feira, 25 de maio de 2010

Assembleia aprova projeto antibullying nas escolas gaúchas

Proposta considera bullying toda a violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, que ocorra sem motivação evidente

A Assembleia Legislativa aprovou na tarde desta terça-feira o Projeto de Lei 264/2009 — conhecido como projeto antibullying — que dispõe sobre o combate à prática de bullying nas instituições de ensino e de educação infantil, públicas ou privadas, no Rio Grande do Sul.

A proposta, segundo o site da Assembleia, considera bullying toda a violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, que ocorra sem motivação evidente, praticada por indivíduos contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar ou humilhar, causando dano emocional ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Entre práticas de bullying, o projeto cita as ameaças e agressões físicas ou verbais; submissão do outro, pela força, à condição humilhante; envio de fotos ou vídeos constrangedores via Internet ou por celulares e insultos ou atribuição de apelidos constrangedores.

ZEROHORA.COM

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Formação continuada na escola


Cinco coordenadores pedagógicos contam como encontram tempo, organizam a rotina, se capacitam, desenvolvem o chamado tato pedagógico e transformam a prática dos professores.


A matéria vale uma olhadela.
Foi publicada no site da Nova Escola e pode ser acessada clicando aqui.
Cinco coordenadores pedagógicos contam como encontram tempo, organizam a rotina, se capacitam, desenvolvem o chamado tato pedagógico e transformam a prática dos professores

Gustavo Heidrich (gustavo.oliveira@abril.com.br). Colaborou Cinthia Rodrigues

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Ilustração: Bruno Lozich
Mais sobre Formação continuada
ARTIGO
A rotina do coordenador, de Luiza Helena Christov
REPORTAGENS
Os caminhos para a formação de professores
Como elaborar provas que ajudam na aprendizagem
Na formação continuada não basta (só) tapar os buracos
O papel do professor na formação continuada
Aprender sempre para ensinar mais
Os quatro segredos da gestão eficaz
Tempo para que os professores estudem. Um bom planejamento dos horários de trabalho coletivo. A presença de um formador que tenha a confiança e o respeito da equipe. Todos esses elementos fazem parte do que se chama de formação continuada - ou em serviço. Embora algumas redes ofereçam essa capacitação para os docentes, o melhor espaço para colocá-la em prática é na própria escola, sob o comando do coordenador pedagógico.

Bem estruturado, o aprimoramento profissional dentro do ambiente de trabalho é um dos mais eficientes instrumentos para a melhoria do ensino. Contudo, um estudo realizado pela Fundação Victor Civita em 2009 sobre as práticas eficazes de gestão escolar mostrou que, muitas vezes, a formação em serviço não passa de ficção. Mesmo nas redes que têm o horário de trabalho pedagógico coletivo, ele muitas vezes é desvirtuado e acaba servindo para qualquer outra coisa, menos discutir as questões enfrentadas pelo professor na sala de aula. Das 14 reuniões acompanhadas pelos pesquisadores, apenas quatro tinham a pauta baseada em problemas de aprendizagem - e, mesmo assim, não se aprofundaram nas didáticas específicas. NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR ouviu os especialistas e concluiu que há cinco aspectos essenciais para que a formação continuada aconteça e traga um bom resultado:

- Tempo Os horários de trabalho coletivo devem ser predefinidos, com duração suficiente para o desenvolvimento de estratégias formativas.

- Organização da rotina O dia a dia do coordenador deve priorizar o planejamento das reuniões formativas e as atividades como observação das aulas, seleção de referências teóricas e análise dos registros da prática dos professores para que os encontros reflitam as necessidades dos docentes.

- Conhecimento Para bem utilizar o horário do trabalho pedagógico, é preciso que o coordenador cuide da própria formação, estudando as novas didáticas e as teorias que embasam a prática docente.

- Tato pedagógico É como se denomina a junção de três capacidades: a de saber ouvir, se comunicar e se relacionar - fundamentais para estabelecer uma relação de confiança e respeito com a equipe.

- Transformação da prática A formação será tão eficiente quanto mais ela levar os professores a repensar e transformar sua maneira de ensinar para fazer com que todos os alunos aprendam.

Nesta reportagem, você vai conhecer cinco coordenadores pedagógicos que usam cada um desses aspectos a favor de uma formação continuada eficaz, cujos resultados chegam à sala de aula.

Continue lendo

Em busca do tempo necessário para acompanhar os professores
Organização da rotina garante o horário de trabalho coletivo
Estudo permanente também para o coordenador
Construindo relações pessoais com tato e generosidade
O objetivo final é chegar à transformação da prática
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Como trabalhar contos de terror em sala de aula


Não leia esta reportagem se você evita as histórias de terror. Pare imediatamente, pois ela pode causar arrepios. Este é o último aviso. Se prosseguir, por seu próprio risco, é porque sabe que o suspense e o medo típicos desse gênero são cativantes. Narrativas envoltas em uma aura de mistério, criaturas assustadoras e o uso eficaz de um dos sentimentos mais antigos - o medo - garantem a esse gênero uma legião de fãs, conduzidos por mestres como Edgar Allan Poe (1809-1849), Clive Barker e Stephen King. Entre a realidade e referências folclóricas, eles criaram textos que refletem a sociedade e seus maiores pavores - fundamentados ou não.

Além desse estilo característico, o terror também tem outras marcas que o distinguem. Costurando ações, personagens e ambientes, os autores transportam o leitor para o que pode ser chamado de transgressão, como explica Heloísa Prieto, escritora e doutora em Literatura pela Universidade de São Paulo (USP). "Por meio de recursos linguísticos, como a construção detalhada das descrições espaciais, os textos deixam o leitor o mais a par possível da história para, logo em seguida, estabelecer um momento de ruptura, no qual nada mais é conhecido e eventos novos ocorrem sem que o leitor possa prever", explica.

A atração que o gênero provoca vem de longa data. "Os primeiros instintos e emoções do homem foram sua resposta ao ambiente. O medo é uma reação ao desconhecido e deixa em estado de alerta mesmo quando a pessoa está diante de um assombro", explica Howard Phillips Lovecraft (1890-1937), famoso escritor norte-americano de obras de terror que tinha como marca o uso da primeira pessoa para narrar suas histórias.

Ciente do apelo do tema entre os alunos, a professora de produção de texto Maria das Dores de Macedo Coutinho Raposo resolveu levar a temática para a sala de aula (leia o quadro abaixo). Os alunos do 6º ano da Escola Crescimento, em São Luís, já haviam estudado outros gêneros, entretanto, ela ainda sentia que os textos não avançavam. "Eles ficavam presos ao que achavam que eu queria e não conseguiam transmitir a criatividade que tinham para o papel", lembra.

Além de definir qual estilo de narrativa trabalhar, ela também desenvolveu um projeto que combinava a leitura de textos de referência, clássicos e modernos, com a escrita dos estudantes. Deu tão certo que lhe garantiu o Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 e uma seleção de textos digna de escritores renomados. "O diferencial desse trabalho é o encontro eficaz da leitura com a escrita. A professora consegue ensinar o aluno a buscar subsídio para sua criação em textos do gênero", aponta Claudio Bazzoni, assessor da Prefeitura de São Paulo e selecionador do Prêmio.


NOVOS CONCEITOS Apresentando textos de referência, Maria das Dores obteve produções cada vez melhores

Maria das Dores de Macedo Coutinho Raposo nasceu há 35 anos em Balsas, a 793 quilômetros de São Luís, mas mudou para a capital do Maranhão ainda criança. Há 12 anos, ela atua na Escola Crescimento como professora de produção de texto. Inconformada com a dificuldade que tinha para melhorar a escrita dos alunos, ela fez cursos de formação e entrou em grupos de estudo que ajudaram a rever suas ações e desenvolver o projeto de contos de terror. A referência foi o material que chamou de "pautas de produções", com o qual se preparava. "Com elas, planejo melhor minhas intervenções", conta.

Objetivo
Com os contos de terror, Maria das Dores queria que os alunos do 6º ano produzissem textos de qualidade e, para isso, começou com o reconhecimento do estilo. Usando obras de referência e ajudando a turma a diferenciar o terror dos outros gêneros, ela definiu objetivos específicos que possibilitassem o avanço geral. "Usar o foco narrativo corretamente, criar momentos de suspense, adequar situações iniciais, problemáticas e finais ajudou todos a se situar de forma mais efetiva", explica.

Passo a passo
Depois de mostrar aos alunos o caminho a ser percorrido, a professora os levou a identificar o gênero: leituras guiadas ajudaram a perceber o que diferenciava o terror de um conto de fadas, por exemplo. A turma, então, partiu para as escritas parciais sem deixar as leituras de referência, que permearam todo o trabalho. Depois, veio a produção final, que começou com a definição da estrutura a ser seguida - um "esqueleto" dos contos, composto de situações iniciais, problemáticas e do fim. "Isso permitiu delinear o texto que seria produzido", explica. Para finalizar, foram feitas correções coletivas para a troca de ideias e a indicação de novos rumos. "Essa parte foi essencial porque consegui notar o avanço de todos e a busca por mais qualidade, que antes era uma cobrança só minha", observa.

Avaliação
Com pautas e esquemas de produção, Maria das Dores pode observar o avanço da classe. Além disso, ela compartilhou o momento de revisão, possibilitando que todos observassem os próprios erros ao ler e revisar o texto dos colegas. Ela também se valeu de um portfólio com o percurso de cada um. "Esses instrumentos me possibilitaram avaliar de onde partimos e aonde queríamos chegar. Com pausas estratégicas nos momentos de maior dificuldade, consegui resultados acima do esperado", conclui.

Continuação da matéria aqui.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Vida Profissional

Estresse no ambiente de trabalho pode causar até diabetes

Estudo associa complicações de saúde decorrente de tensão laboral

O estresse experimentado por pessoas em decorrência do seu trabalho pode aumentar o risco de doenças no coração e até diabetes. Segundo novo estudo publicado na revista científica British Medical Journal, é possível observar a relação entre o processo biológico e problema no ambiente laboral.

Mais de 10 mil trabalhadores com idades entre 35 e 55 anos foram acompanhados durante 14 anos para a coleta de dados. Nesse período, os pesquisadores avaliaram os fatores ligados à síndrome metabólica, tais como obesidade, pressão alta e níveis de colesterol. Também foram levados em conta eventuais hábitos comprovamente danosos à saúde, como fumo, sedentarismo e bebida alcólica.

O estudo relata que homens com estresse crônico decorrente do emprego eram duas vezes mais propensos a desenvolver a síndrome em comparação com pessoas que não sofriam esse mesmo estresse. Nas mulheres o número de ocorrências não foi tão alto.

Em adição aos resultados sobre a saúde masculina, foi comprovado que os homens também tinham outros mais hábitos associados ao estresse, como dietas pobres em elementos necessários, além de tabagismo, álcool e outras drogas. Uma das explicações dadas no estudo é que a exposição contínua ao estresse no trabalho pode afetar o sistema nervoso.

Com informações do British Medical Journal.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Você consome 34 gigabytes de informação por dia

Fonte: Superinteressante

Estudo mostra que a avalanche de dados é ainda maior do que se pensava


Estudo feito nos EUA mostra que as pessoas passam quase 12 horas por dia consumindo informação - e leem ou ouvem mais de 100 mil palavras por dia.



TOTAL: 11,8 horas por dia - 33,8 gb - 100 564 palavras o equivalente a uma bíblia por semana

*Fonte How Much Information 2009, Universidade de Berkeley

Educação Infantil: lugar de aprendizagem

Como organizar os espaços da creche e da pré-escola e integrá-los à rotina pedagógica.
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Educação Infantil. Sala multiuso. Foto: Vilmar Oliveira

Para os pequenos, quase tudo na vida é brincadeira. Por isso, na Educação Infantil, não faz sentido separar momentos de brincar dos de aprender. Essa simultaneidade pede que espaços e rotina da escola sejam planejados de modo a proporcionar multiplicidade de experiências e contato com todas as linguagens, o tempo todo. Sem abrir mão, é claro, dos cuidados com segurança e saúde.

É nesse ambiente de aprendizagem que as crianças vão socializar-se e ganhar autonomia. “Dentro do espaço da Educação Infantil é necessária a integração entre o educador, o planejamento pedagógico e a organização dos lugares, que funcionam como mais um elemento educativo, como se fossem um professor a mais”, explica Elza Corsi, formadora do Instituto Avisa lá, de São Paulo.

Com essa concepção, que vai muito além da visão assistencialista, órgãos como Ministério da Saúde e Ministério da Educação prepararam documentos para orientar a organização dos espaços nesse segmento. Nas próximas páginas, você conhece essas indicações e entende como elas se relacionam com a rotina pedagógica na Educação Infantil.

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